A utilização de plantas como medicamento vem da era paleolítica, atualmente está difundida em vários países como, China, Índia, Alemanha, Estados Unidos e outros. Estima-se que cerca de 80% da população mundial faça uso de plantas ou de suas preparações na atenção primária à saúde (WHO, 2013). O uso de medicamentos fitoterápicos vem sendo estimulada pela OMS desde 1978, na Declaração de Alma-Ata e também pelo governo brasileiro (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – Portaria GM nº 971, de 02/05/2006 e Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – Decreto Presidencial 5.813 de 22 de junho de 2006).

Os medicamentos fitoterápicos possuem, na maioria dos países, órgãos que regulamentam sua produção, comercialização e indicações, tais como: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)[1] no Brasil, European Medicines Agency (EMA)[2], na Europa, entre outros.

A legislação brasileira tem avançado na regulamentação dos medicamentos fitoterápicos. Para ANVISA (Brasil, 2019) os fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais, com emprego de derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco e outros. O fitoterápico é o conjunto de compostos biologicamente ativos presentes em uma espécie vegetal.

O uso desses medicamentos vem sendo estimulada pela OMS e pelo Ministério da Saúde desde a década de 1970 e, a cada dia, novos fitoterápicos são lançados no mercado nacional. Sem contar com a crescente procura da população pela Fitoterapia e a necessidade de profissionais capacitados no mercado para atender melhor população e desenvolver pesquisas gerando conhecimento científico, o que levou a  criação do Curso de Pós-Graduação em Fitoterapia pelo FaHol – Faculdade Holística, para atender estas demandas. A proposta vai de encontro com o CBO do Ministério do Trabalho e Emprego que disponibiliza a ocupação por meio do Nº 3221-25.

A Pós em Fitoterapia vai contribuir com o desenvolvimento social, econômico, cultural e principalmente na saúde em que a população se encontra em carência. A magnitude e a importância dos processos de aprendizagem e autoconhecimento configuram-se no âmbito individual, institucional, social e exige a qualificação de profissionais aptos ao seu exercício em cada uma dessas instâncias. Os aspectos institucionais e preventivos se dão pela importância que o compromisso social e ético assume no contexto da realidade educacional e vivencial.

A linha-mestra do curso apresenta um caráter interdisciplinar, dando ao conjunto das disciplinas um referencial teórico e técnico que lhe garanta a necessária unidade e coerência, bem como as relações harmônicas entre o discente, docente e usuários. Propõe: despertar, orientar os participantes a conhecer e compreender os conceitos e as práticas fitoterápicas; colaborar com as linhas de pesquisas na IES e de outras entidades; preparar profissionais na elaboração e execução de projetos na educação e oferecer subsídios teóricos e práticos que fundamentarão as disciplinas/módulos dentro dos conteúdos planejados.